domingo, 1 de março de 2009

portugal: trois points... rectification... éliminé.

pensei falar sobre a 45ª edição do festival da canção… mas é uma notável perda de tempo. há anos que participamos e ainda não percebemos que nem na música ligeira de péssima qualidade somos bons. não é que seja um seguidor. há uns anos valentes e por motivos ligados, uma vez mais, à memória… e também a dionísio e afrodite e suponho que a uma neska que era toda ela uma dancing queen … tornei-me fã dos… sim, dos abba. é a este grupo sueco que se resume a minha relação com o festival.

agora a sério o festival foi uma desgraça. uma parte das canções eram imitações rascas de fórmulas ganhas no passado e não por nós. o resto uma sucessão de músicas carregadas de clichés nacionais que se repetem ano atrás de ano. não há renovação e menos inovação. o júri, responsável pela selecção das 12 canções concorrentes, é o mesmo que avaliava o chuva de estrelas em 1995… isso diz muito. os intérpretes, para além de alguns concorrentes da OT e a aclamada pela crítica sopeira, luciana abreu… são personagens que acreditava terem tido o bom senso de desaparecer do panorama… hum… de todos os panoramas. tão velhas na música que fazem como nas piadas que dizem. respondia a nucha, ainda no telejornal, à pergunta “qual é a sensação?”, “é uma sensação de absorção”… i made my point. (um aparte jornalístico a própria pergunta é estúpida)

mantenho desde há uns bons anos… uma teoria que desenvolvi na mesma época em que os abba passaram a fazer parte da minha selecção musical para uma festa de arromba… mas incongruências à parte, a teoria é a seguinte: participar na eurovisão devia ser uma matéria de estado. o governo, em prol da defesa do interesse nacional, deveria legislar contra a participação portuguesa em tal evento. o argumento utilizado só poderia ser o do enaltecimento dos valores nacionais. portugal retira-se da eurovisão por considerar que o festival não atinge os valores estéticos e artísticos mínimos para uma europa de excelência. seria uma declaração magnífica de unilateralidade digna de uma potência decadente como a rússia… que é o que falta, muitas vezes, a este país.

oops e não é que falei da maldita 45ª edição do festival da canção?

x.

1 comentário:

in a blog, under the sea disse...

x.,

sinceramente, ainda espereitei a coreografia de abertura e a primeira participação da noite: a já falada e "saudosa" Nucha. e tudo isto, nuns bons 15m. de emissão, deixou-me estupidificado a olhar pa tv. a dita coreografia era do mais pobre da dança, além de gratuitamente intercalada com umas passagens a soar ao "antigo", muito ao jeito de forrest gump, onde as celebridades vazias da rtp de hoje (e que nada têm a haver com o meio musical, mas pronto, isso é secundário) a abafarem os bons intérpetes do passado - sim, porque acho que houve apontamentos de boa música ao longo deste festival. tudo, a tocar, não ao de leve mas à séria no rídiculo e auto-promoção rtptiana.
....

bom, passado este susto, vamos lá ver o que nos reservaram para este serão.

aparece então a Nucha. não esperava claramente, ver o seu lado Evanescence rockeiro. mas é como dizes, houve uns palermas quaisqueres que ganharam com uma rockalhada a brincar ao carnaval (e aos kiss) e bota lá disto a ver se por cá também pega...
épa, desliguei e fui fazer qualquer outra coisa.

e nem quero imaginar quanto custará fazer uma coisa daquelas,
enfim,
r.